O Cambar Coletivo realizará mais duas edições de seu projeto
laboratorial “Labirinto Urbano,
estratégias para se perder”; desta vez, nas cidades de Belo Horizonte e
Diamantina, em Minas Gerais. As oficinas ocorrerão no final de setembro e
início de outubro (confira as datas no serviço abaixo) e serão oferecidas
gratuitamente à comunidade de artistas locais pelo Programa de Capacitação Técnica e Artística em Artes Cênicas
realizado pelo Centro de Artes Cênicas
da Funarte e pela Representação Regional da Funarte em Minas Gerais. O
convite por parte da Funarte em Minas Gerais surgiu após o êxito alcançado pelo
projeto nas cidades do Rio de Janeiro e Barra Mansa no início deste ano, quando
foram realizadas pelo CTAC - Centro
Técnico de Artes Cênicas/FUNARTE - RJ. As duas oficinas tiveram número
máximo de inscritos e foram muito bem avaliadas por seus participantes. Na
cidade de Barra Mansa, inclusive, o contato intensivo com os artistas do
Coletivo Teatral Sala Preta gerou uma parceria entre os grupos que já está
desdobrando-se em outros projetos. Essa parceria continuada é um dos objetivos
dos artistas criadores do projeto e que, também, está se desenvolvendo entre
eles e a Cia Cortejo de Três Rios e do Núcleo VagaPara de Salvador; em ambos os
casos após a realização do Labirinto Urbano nas respectivas cidades. O projeto
Labirinto Urbano existe desde 2010 e as próximas edições mineiras serão a nona
e décima vez que ele será realizado. O projeto já passou pelas cidades de Miguel Pereira/Rj, Salvador/Ba, Três Rios/Rj, Paraty/Rj,
Rio de Janeiro/Rj, Barra Mansa/Rj e Maceió/Al.
O “Labirinto Urbano - estratégias para se perder” é um projeto
laboratorial formado por artistas com interesse por artes híbridas, atuando
principalmente no campo das artes cênicas. “Acreditamos que o ‘se perder’ subverte a ordem prioritária
das relações de poder; possibilitando rasgar o cotidiano com pequenos momentos
de poesia. Se perder é olhar sem a pressa dos compromissos cotidianos, das
tarefas objetivantes que nos definem. Assim, se perder passa a ser a
possibilidade de se recriar constantemente. Apostamos num se perder como ação
que traria de volta esta possibilidade lúdica de reencontrar o tempo, os
espaços, os outros e a nós mesmos. Assim, o “se perder” diz sobre as formas e
os conteúdos; ou seja, faz parte de nossa metodologia de criação da oficina e é
também nosso eixo de pesquisa conceitual, sendo assim um dos assuntos sobre o
qual iremos refletir e debater durante o processo de encontros. O objetivo é
oferecer algo que consideramos precioso e que percebemos que hoje já não é mais
comum em nosso comportamento cotidiano: a própria sensação e aventura de
explorar a cidade”; explicam os artistas.
O projeto é voltado para a autonomia
de artistas, focando-se em diálogos multidisciplinares e na criação de eventos
que exploram, por intervenções e debates, o papel do artista no panorama
sócio-político atual e da plateia como parte e agente modificador do evento
performático-teatral. Durante
os encontros, os artistas proponentes utilizam uma abordagem poética em suas
conduções dos jogos, exercícios e derivas, relacionando metáforas entre os
corpos dos artistas participantes e os territórios da cidade. Desenvolvendo a
formatação de modelos de criação de cenas/performances/intervenções a partir
das experiências de interação com os territórios públicos e seus habitantes. Nessa abordagem, que permeia todo o
Labirinto, busca-se potencializar a exploração sutil da percepção da realidade
que nos cerca. Com isso, pretende-se abrir os olhares para uma relação
diversificada de ocupação desses territórios públicos ao mesmo tempo que se
pesquisa caminhos para ampliar a
presença cênica dos participantes. As ações do projeto
visam ainda revelar as áreas mais “periféricas” e menos “visitadas”, provocando
os participantes a explorar as ‘menores ruelas e esquinas mais escondidas e
esquecidas’, tanto de seus corpos quanto dos espaços públicos de suas cidades.
Infiltrando os ecos das provocações artísticas, amplificadas através do espaço
urbano.
Enquanto Coletivo, O
Cambar (formado pelos artistas Flávio
Rabelo, James Turpin, Raquel Aguilera e Roberto Rezende) se define como um território de trocas constantes
de pesquisas que envolvem programas de derivas, cartografias e
jogos como procedimentos para abertura e manuntenção de um campo intensivo de
criação artística. Suas atividades transitam entre a formação, criação e
propagação das artes cênicas e visuais e os seus entre lugares. De uma forma geral, as atividades do Coletivo buscam
reforçar o aspecto lúdico inerente as relações humanas e à maneira como podemos
ocupar os espaços e o tempo onde vivemos. Os interesses que impulsionam suas
ações envolvem um questionamento ininterrupto sobre os acordos, os limites e as
convenções em que os eventos artísticos são negociados entre seus
participantes. Atrelados a estes interesses, eles priorizam ainda a subversão
de espaços para uso como território da arte em processos que
surgem do debate sobre as tensões e nuances entre público e privado; gêneros e
identidades; abordando os temas a partir da ideia de corpo-território e do
fluxo de forças que o compõe. Para mais informações sobre o Coletivo, visite o
site: cambarcoletivo.com ou sua página no facebook:
facebook.com/CambarColetivo. O projeto Labirinto Urbano tem ainda um blog com
mais detalhes das edições anteriores: projetolabirintourbano.blogspot.com.br
Serviço:
Oficina LABIRINTO URBANO, estratégias para se perder
De 23 a 27 de setembro 2013, das 14 às 18h.
Representação Regional da Funarte em Minas Gerais.
Rua Januária, 68, Floresta, Belo Horizonte, Minas
Gerais.
Mais informações: (31) 3213 30 84 e (31) 3223 7112.
Oficina LABIRINTO URBANO, estratégias para se perder
De 30 de setembro a 04 de outubro de 2013, das 14 às
18h.
Museu do
Diamante.
Rua Direita,
14, Centro, Diamantina, Minas Gerais.
Mais informações: (38) 3531-1382.